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1 novembre 2009

India 6 - Mumbai II

A India, mais do que qualquer outro, não é um país para se ver. É muito mais do que isso. É um país onde os cinco sentidos têm de estar atentos e funcionais e onde a experiência é a conjugação de sentimentos, cheiros, sons, cores e exóticos paladares. Sentimos os lugares pela vibração, pela temperatura, humidade e apertos das multidões. Sentimos o odor característico de cada local que mesmo nem sendo sempre agradável é uma das formas mais fiéis de absorvermos esse real quotidiano. E somos também envolvidos pelo ruído, pelas melodias, pelos mundos de cor e de movimento, sabores, pelas massas e pela energia que delas emana e que nos transporta para uma realidade intensamente vivida e atenta ao meio onde está. É isto que torna este lugar tão especial, tão incrível e tão particular.

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O dia começa com mais uma longa e atribulada viagem de taxi até Mahalaxmi, um dos bairros do centro norte de Mumbai. O trânsito sempre caótico e o facto de o motorista ter algumas tendências suicidas deram alguma emoção extra ao trajecto. Mais um que conduz com a buzina e que consegue ver em tudo quando é espaço livre uma faixa de rodagem.

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Em Mahalaxmi fica o famoso Dhobi Gat, um espaço centenário e a maior lavandaria de roupa manual da cidade (e talvez do mundo). Aqui é lavada grande parte da roupa de toda a cidade por centenas de pessoas e de tanques que preenchem um pequeno espaço deste humilde bairro.

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O efeito é interessantíssimo com as centenas de tanques e os estendais que sobressaem um pouco por todo o lado.

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Não muito longe, e já a caminho do próximo destino eis quando algo desperta a atenção num pequeno ponto de paragem de autocarros inter-urbanos. O normal espaço dos autocarros estava dividido em dois (em autocarros de altura normal) e o piso superior apenas dava para as pessoas irem deitadas... Nada mal poder fazer uma viagem deitado, só que os cubículos eram tão apertados e claustrofóbicos que só de pensar até dá falta de ar. Ainda entrei para ver um desses espaços que não tinha mais do que 50cm2. Qualquer aduto teria de ir todo encolhido...

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O segundo destino do dia foi a famosa mesquita Haji Ali, uma mesquita do séc. XIX que contém o templo de Haji, um muçulmano famoso que morreu durante uma peregrinação a Meca e cujo caixão miraculosamente flutuou até ao seu local de origem.

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Parecendo quase como que flutuando, o tempo está localizado plenamente dentro do oceano e ligado a terra apenas por uma longa passagem de cimento, muito utilizada pelos milhares de fiéis e também por vendedores.

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Domingo, dia de descanse era grande a rumaria ao templo. Milhares de pessoas entopiam a estreita passagem de acesso ao templo e onde se vê de tudo um pouco. Até cabras alimentadas a... Lixo?!

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Tudo se vê, tudo se vende...

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No interior do templo, um espaço amplo acolhe os visitantes ladeado por pequenas barraquinhas de venda de comida, algumas salas destinadas às rezas e mais descaído para um dos lados o templo em si.

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Impressionante é a quantidade de lixo que se vê na zona em especial dentro de água. Mas nem tudo é mau e ainda se vai fazendo alguma reciclagem.

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Nas imediações os peregrinos vão alternando entre as pequenas refeições e os banhos de mar mesmo com os sinais de proibição.

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Não muito distante fica o templo Hindú de Mahalaxmi. Nova multidão em romaria mas desta vez não consegui entrar...

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Um saltinho ainda assim ao antigo Shiv Temple, um minúsculo mas interessante templo onde alguém aproveitou para repousar. Ou estaria morto?! Ugh!!! De facto não se mexeu nunca...

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O final do passeio foi dedicado ao vizinho bairro de Malabar Hill, um bairro da classe alta de Mumbai e uma das zonas mais tranquilas da cidade, com grandes contrastes entre grandes jardins, os altíssimos e modernos blocos de apartamentos e os clássicos palacetes.

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É aqui que fica também o sossegado templo Jain...

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Para terminar a descida até Chowpatty já a implorar por descanso que os muitos Kms nas pernas não perdoam.

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E o regresso a casa ainda que em duas fases. O primeiro taxi ficou sem gasolina a meio do trajecto e o taxista muito gentilmente encostou junto a um outro taxi para que este pudesse completar o resto do caminho de volta. Alguma coisa teria de falhar...

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