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9 novembre 2009

India 7 - Elephanta Island

Uma das coisas que me aborrece nos taxistas Asiáticos (Indianos e não só) é o facto de nunca assumirem que não sabem onde fica determinado local. Têm sempre uma ideia e seguem sempre com a esperança que o vão encontrar talvez como que por magia. Pior do que isso é o facto de ao não saberem, também não perguntarem, nem mesmo às pessoas da área...
A situação voltou a passar-se no passado sábado à noite. Perguntei ao taxista se sabia onde era Bombay Dyeing Mill Compound em Pandurang Budhkar Marg, Worli Mumbai... Fez cara feia, mas Worli Mumbay soou-lhe familiar. Fez sinal para entrarmos e lá fomos. A meio do caminho começa com algumas perguntas sobre o local. Ok, já vi que não tens ideia de onde fica... Vamos ver...
Chegados à zona de Worli Mumbay começa a andar às voltas e a fazer mais perguntas estranhas e com pouco nexo, uma vez que já lhe tinha referido que não conhecia o local... Disse-lhe para perguntar e por fim lá parou junto a outro táxi e perguntou. A resposta? Bom, como todos os taxistas, também não assumiu que não sabia e lá deu umas indicações para a zona onde ele achava que deveria ser o tal Bombay Dyeing Mill Compound. Mais umas voltas, e peço para perguntar de novo. A cena repete-se por umas 5 vezes até que encontramos por fim alguém que sabe... Lá chegamos ao local 1h30 depois e fartos de andar... Na volta descobri que afinal estávamos muito mais perto do que tinha parecido na ida.

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(Como sempre, clicar nas fotos para ampliar)

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Último domingo em Mumbai, decido ir visitar a ilha Elephanta, uma ilha a este da cidade em pleno estuário e famosa pelos seus templos escavados nas rochas.

Apanho mais uma vez um taxi para a Gateway of India onde é suposto apanhar o barco com destino à ilha e conto com a já habitual 1h de viagem num trânsito completamente caótico e que nem aos fins-de-semana descansa.
Na India, a única certeza que temos quando fazemos ou estamos envolvidos em algo é que o mais provável é que falhe alguma coisa... E as viagens de taxi não estão fora...
Já em plena baixa de Mumbai o taxi pára num semáforo e começo a ver o motorista muito agitado e a abrir e fechar a porta. Olha para baixo da viatura, entra, sai, entra, olha para debaixo do banco, e eu sem perceber nada. O semáforo abre e ele sai do carro para avisar os carros atrás para o contornarem... Oh! Ooooh!!! Já precebi... Vira-se para mim e diz: "Stop, engine... Engine stop!" _ Saio, pago e pergunto se é longe. Não, já estamos a pouco mais de 1Km... E vou a pé...

A distância não foi muita, mas uma caminhada a pé com um sol tórrido e uma temperatura de 35ºC é o suficiente para me por a escorrer água... E foi assim que cheguei ao Gateway of India, onde tentei de imediato encontrar o cais de partida do barco e a bilheteira. Existem vários cais, cada um com diferentes tipos de informação e muito pouco intuitiva. Decido perguntar e um rapazito leva-me ao cais e bilheteira certos. Sabia que haviam dois tipos de serviço, um a 100 Rupias, e outro, o Deluxe a 120 Rupias mas com barcos bem mais espaçosos e confortáveis, ou seja, para turistas. Falo nessa hipótese ao rapaz que confirma mas continua a dirigir-se para o cais dos barcos mais simples. Bom, sigo num destes, no barco dos locais, penso, e torno a experiência mais autêntica.

Pago as 100 Rupias e tenho a sorte de um dos barcos estar mesmo a chegar e partir dentro de 5 minutos...

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Chegado o barco olho e penso: "É isto?! Não há-de ser nada..."

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Entro e instalo-me num dos poucos lugares livres. Sinto-me um pouco o centro das atenções. Pudera não há muitos estrangeiros por aqui...

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Lá partimos e deixamos o cais de Mumbai para trás. É bonita esta perspectiva do Gateway e do Taj Mahal Hotel.

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A viagem é suposto demorar uns três quartos de hora. Tirando o ruído do motor, acaba por ser uma viagem bastante agradável e tranquila. Aqui tudo o que fuja ao caótico e ruidoso trânsito da cidade é sempre um momento de paz...

Pouco depois reparo que o barco possui uma bomba de água. Estão prevenidos se o barco meter alguma vez água, penso. Ou será que o barco mete sempre água?! Pode ser que não... Pensamento positivo para tranquilizar as ideias. Mas a meio da viagem, lá se instala o rapazito a dar à bomba. Sempre mete água a barcaça!

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E lá seguimos tranquilamente por águas poluídas e bem sujas, na companhia de todo o tipo de barcos e já com a ilha a aproximar-se.

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O cais de Elephanta Island é bem pequeno para a quantidade de barcos que aqui atracam. Ainda assim, isso não se torna um problem, uma vez que os barcos vão atracando uns encostados aos outros e as pessoas vão saíndo de uns barcos para os outros até chegarem ao cais. Foi o nosso caso. Encostámos a um dos barcos que já estava atracado e passámos todos do nosso barco para esse e a seguir desse para o cais.

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Elephanta Island era originalmente conhecida por Gharapuri (lugar das grutas) e foi baptizada de novo no séc XVII pelos Portugueses de Ilha do Elefante por possuir uma enorme escultura de um elefante na entrada. A escultura acabou por ruir e foi levada para Mumbai pelos Ingleses anos mais tarde.

A ilha possui uma série de templos bastante interessantes escavados nas rochas, templos esses dedicados a Shiva e considerados património mundial da UNESCO em 1987. Achei também interessante, e apesar de não o ter visto escrito em lado algum, o facto de haver algumas referências ao budismo em algumas estátuas o que demostra bem as raízes comuns entre estas duas religiões.

No final do cais, e já depois de ter pago o imposto de entrada na ilha, algo de estranho me aconteceu. Como se sabe, as vacas na Índia são sagradas e é frequente encontrá-las em tudo quanto é lugar, e a ilha Elephanta não é excepção. Estava eu a preparar-me para tirar uma foto a um destes pacatos animais quando sinto uma pancada lateral. Olho e vejo uma outra vaca vinda sei lá de onde que deve ter pensado que eu queria fazer mal à amiga e deu-me uma marrada... Como já se preparava para dar a segunda achei por bem afastar-me. Foi também o "Ohhhh!" largado por umas turistas ao meu lado que desviou as atenções da vaca e que me deu tempo para me afastar... Pisga-te e a fotografia que se lixe!

Uma enorme escadaria ladeada de pequenos restaurantes e vendas de artesanato levam-nos até à entrada dos templos sensivelmente a meio do monte. O principal está logo ali, a seguir à bilheteira e é de facto impresionante.

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Os restantes templos são mais pequenos e bastante menos ricos. Alguns dão mesmo a sensação de nunca terem sido terminados. E estes macacos que sabem-na bem...

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Do outro lado da ilha fica o Canon Hill ou Monte dos Canhões. Este era um importante ponto de defesa dada a sua impressionante vista sobre todo o estuário e a possibilidade de se controlar a partir daqui todo o movimento de navios.

O trilho de acesso é algo complicado e muitas vezes de acentuada inclinação. No topo, fiquei algo desiludido por esperava por algo mais histórico... Ainda assim, e apesar da dificuldade em chegar, valeu pela vista e pelo passeio na natureza.

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E é hora de descer e partir... A passagem pelos "carregadores" e a despedida do cais.

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Já na viagem de regresso mais uma aventura. Um altíssimo "Bhhhhooooooooonnnnnnnn!!!!" sacudiu o nosso barquito... Olho para trás e vejo que estávamos na rota de um navio bem maior. O condutor do barco ficou sem saber bem o que fazer e desviou um pouco a rota para ficarmos paralelos à rota seguida pelo navio.
Normalmente nestas situações pensamos que isto são situações normais e que devem acontecer frequentemente e que tudo está controlado. O problema é que conhecendo a India como conheço, sei que qualquer situação aqui é sempre uma nova situação e que nunca ninguém sabe bem como lidar com ela. Esta não foi excepção...

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O navio lá foi passando por nós quando ouvimos um outro "Bhhhhooooooooonnnnnnnn!!!!" atrás de nós. Afinal o aviso não foi deste navio mas de outro bem maior que estava atrás...

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Aqui foi quando tudo se complicou... Não nos podíamos aproximar do outro porque as ondas provocadas pela sua deslocação afectavam e muito a nossa navegação e atrás o gigante começava a ameaçar... Lá reduzimos a velocidade, deixámos o primeiro navio passar e voltámos à rota inicial. Quase tudo normal, não fosse quase termos virado o barco com as ondas do navio... E saímos da rota do outro o que foi bem mais importante.

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Ainda o caso caricato do "ignorar avisos"... "Photo Graphi Not Allowed!" Que eu também ignorei... Em Roma sê Romano!

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Chegado a Mumbai, ainda um pequeno passeio pelo mercado de rua de Colaba, uma rua próxima do local do cais. Interessante mas algo turistico...

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Já no regresso ainda fui brindado com uma paragem no posto de abastecimento para reabastecer o taxi. Tudo feito muito devagarinho porque o cliente nunca tem pressa!

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