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16 juillet 2017

Laos 1 - Luang Prabang

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Thousands of candles can be lighted from a single candle,
and the life of the candle will not be
 shortened.
Happiness never decreases by being shared.
Buddha

 

Luang Prabang, a pérola do Laos, fica na margem do rio Mekong na zona norte do Laos. Esta pequena cidade, património da UNESCO, é o mais importante destino turístico do país, albergando 33 templos budistas e um grande número de edifícios coloniais franceses. Uma mistura exótica de um estilo chique europeu com um certo charme colonial e antigo, e adornada pela luxuriante e densa vegetação tropical asiática.

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Não é difícil apaixonarmo-nos por Luang Prabang. Aqui respira-se tranquilidade e sente-se uma harmonia especial que paira e envolve todos os elmentos. As pessoas são de uma delicadeza e de uma simplicidade sem igual e não perdem nunca a oportunidade de nos presentear com um lindíssimo sorriso.

A cidade vive do turismo e para o turismo. No centro seguem-se os hotéis, hostéis e guesthouses, cafés, bares e inúmeros restaurantes que servem na sua maioria pratos locais. A gastronomia é bastante rica e conta ainda com muita influência francesa. É também muito presente a cultura de street-food e um pouco por todo o lado existem pequenas bancas a vender algumas das iguarias mais famosas de Luang Prabang.

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É na peninsula entre os rios Mekong e Nam Khan que ficam grande parte dos templos e pontos turísticos de interesse. O maior, bem no centro e início da penísula é o complexo do Palácio Real e Wat Ho Pha Bang. Este antigo palácio, construído em 1904 chegou a ser a principal residência do rei Sisavang Vong (1905-1959) cuja estátua se encontra na sua frente. O complexo, com os seus bonitos jardins, além do palácio e do templo engloba ainda um teatro e alguns museus.

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A pouco mais de 1Km, que acaba por parecer muito mais dado o calor e humidade extremos, fica o Wat Wisunarat, outro interessante complexo com um dos templos budistas mais antigo e ainda em funcionamento do país.

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De modo a facilitar a mobilidade de e para a península, durante a estação seca são construídas algumas pontes em bambú sobre o rio Nam Khan. As pontes apenas permitem o atravessamento de pessoas dada a sua visível fragilidade, a quem é depois cobrado um pequeno valor monetário. Fico apenas com a dúvida se apenas se cobra aos turistas ou a todos incluíndo os locais...

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O principal mosteiro de Luang Prabang é Wat Xieng Thong, composto por um templo principal e várias outros edifícios de menor dimensão, como que pequenas capelas e stupas. Trata-se de um lindíssimo edifício de telhados desnivelados e com paredes revestidas de mosaicos ricamente trabalhados e ornamentadas com as mais variadas figuras e símbolos budistas.

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Na segunda metade do primeiro dia de visita decido ir visitar as famosas cascatas de Tat Kuang Si, a cerca de 32Km da cidade. Negoceio com um tuk-tuk um valor que acho razoável e metemo-nos ao caminho. Noto que o condutor não está muito convicto e passado pouco tempo de começarmos a nossa viagem começa a ligar para alguém. Cerca de 2Km mais à frente pára e diz-me que não me pode levar às cascatas mas que falou com o irmão que tem uma van e que ele me leva pelo mesmo preço. Só temos de esperar ali 2 minutos por ele... Fico um pouco decepcionado, pois nada bate a autenticidade de uma viagem de tuk-tuk naquelas bandas, mas também reconheço que a distância é algo grande para este tipo de veículos. Dentro do período de espera prometido lá aparece o irmão, que me indica para entrar para a parte de trás da van. Instalo-me e lá seguimos nós!

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Tat Kuang Si é uma sucessão de cascatas desniveladas e alternadas entre si por várias piscinas lindíssimas de um azul esverdeado de fazer lembrar os jardins do paraíso. O acesso é feito através de um trilho por entre a densa floresta da zona, que acompanha as várias cascatas, contorna o maior de todas pela parte superior da montanha, mergulhando depois na imensidão da floresta.

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A última das cascatas é a maior e mais bonta de todas, com as suas várias quedas de água que vão descendo e contornando vários blocos calcários, até acalmarem na azul piscina na sua base. O cenário paradisíaco perfeito com este contraste entre o azul da piscina, o branco da água que cai e o verde luxuriante da floresta em redor.

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O trilho acompanha toda esta beleza até ao topo, onde se localiza um grande lago e de onde se pode obter uma excelente perspectiva da mesma. Lá do alto, também uma vista soberba de toda a zona, e da sua densa floresta tropical.

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O terceiro dia em Luang Prabang começa cedo, pois sou informado que o barco para visitar as Pak Ou Caves sai às 8h da manhã de um pequeno ancoradouro no rio Mekong perto de Wat Xieng Thong. Como desconheço todo o processo para a compra de bilhetes e entrada no barco vou um pouco mais cedo para me assegurar que tudo corre bem. Chego sensivelmente 20 minutos antes e não encontro ninguém no ancoradouro com ar de quem vá fazer a visita nem com ar de quem esteja a controlar essa operação. Espero um pouco até que um rapaz que andava ali pela margem do rio vem ter comigo e me pergunta para onde quero ir. Explico-lhe que quero ir visitar Pak Ou, ao que ele prontamente me diz: _ O barco já saíu, mas se quiseres tenho um amigo que faz os tours e leva-te. _ Acho estranho e transmito-lhe essa mesma sensação. Tanto no guia como no hotel estava mencionado que o barco saía às 8h.

Discutimos um pouco sobre a questão e eu sempre com a sensação que o objectivo dele era canalizar-me para a viagem com o amigo dele. Falamos dos preços e opto por esperar pela hora normal do barco. Ele sempre por ali, à espera que eu mudasse de ideias... Que no fim acabei por mudar... Eram praticamente 8h e nem sinal do barco nem de outros visitantes. Digo-lhe então que aceito e ele imediatamente liga para o amigo que já vinha a caminho. Descemos para o ancoradouro e em poucos minutos o barco chega e estou a embarcar. 

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O barco sobe lentamente o rio Mekong que nesta altura do ano já se encontra barrento devido às chuvas que caem de tempos a tempos. A viagem deve durar umas 3h e apenas temos uma paragem numa pequena aldeia típica das margens do rio.

A viagem é bastante bonita, tanto pelas paisagens que vamos encontrando como pela vida e rotinas que vamos podendo apreciar. O rio é a fonte de tudo aqui. Fonte de alimento, agua e transporte, e fonte de turistas também.

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Além de mim vai cerca de uma meia dúzia de turistas no barco, que lá vai subindo o rio no seu ritmo melcancólico. Algum tempo depois começamos a reduzir a velocidade e aproximamo-nos de um outro barco encostado nas margens do rio, que tinha mais alguns turistas. Dá para perceber que tinha avariado e que tinha pedido ajuda ao nosso para levar as pessoas que nele viajavam. Operação de reembarque concluída e lá seguimos nós com o barco completamente cheio. Próxima paragem, a pequena aldeia típica, conhecida pelas suas tapeçarias e pela sua aguardente de arroz que nos é dada a provar mal pomos o pé fora do barco.

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Pak Ou Caves são um conjunto de grutas numa impressionante escarpa calcária na margem do rio que albergam centenas de imagens de Buda. São como que um pequeno santuário onde ao longo dos tempos se foram depositando estas imagens. A primeira das duas grutas visitáveis é a mais pequena e a que alberga o maior número de imagens. São imagens bastante distintas com vários tipos, materiais e formas. 

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A segunda gruta, um pouco mais acima, e de maior dimensão não possui nenhum tipo de iluminação e é bastante escura. Possui também algumas imagens e espaços de homenagem a Buda.

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Finda a visita, embarcamos para o regresso a Luang Prabang e para mais uma interessante viagem na rotina do rio Mekong.

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Depois de um delicioso almoço com vista para o rio, inicio a minha subida a Phu Si, uma colina de 100m de altura no coração da cidade, que além das excelentes vistas que proporciona, possui também vários templos e um mosteiro budista.

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Já no cimo, faço um novo amigo, um menino com uma camisola de me encher de orgulho...

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E aproxima-se o fim da minha estadia em Luang Prabang. Na última noite saio para jantar num dos restaurantes que já tinha visitado e que tinha gostado imenso na rua Sakkarin. Um espaço aberto, com saborosos pratos locais, com boa decoração e muito tranquilo, e onde um rapaz costuma tocar ao vivo algumas músicas tradicionais do Laos. Depois de jantar tenho tempo ainda para beber um copo na esplanada de um Wine Bar bastante simpático perto do hotel.

Último dia, acordo cedo para ainda aproveitar um pouco da cidade antes de apanhar o meu vôo para Hanoi ao fim da tarde. Ao preparar tudo para o checkout não encontro a minha mochila e começo a ficar bastante preocupado. É o meu último dia e tenho tudo na mochila, carteira com os cartões e dinheiro, máquina fotográfica, Go Pro, e mais importante que tudo, o passaporte. Reviro o quarto todo e não encontro a mochila. Tento reconstruír os meus passos para tentar perceber onde a poderia ter deixado e lembro-me do Wine Bar. Normalmente saía à noite sem a mochila, mas como aquela era a última, levei-a para poder tirar mais algumas fotografias e, como não estava habituado, esqueci-me dela no bar...

Saio disparado do hotel em direcção ao bar bastante preocupado. A mochila tinha ficado num dos sofás da esplanada. Ao subir a rua começo a ver que o bar estava com todas as portadas fechadas e ainda não se encontrava em funcionamento. Bom, posso esperar algumas horas para que o bar abra, pois o vôo é só ao final da tarde penso, mas a preocupação não iria parar... Ao chegar mais perto vejo um papel colado numa das portadas e aproximo-me para ler, pois penso que poderá conter o horário de abertura. Num misto de espanto e de alívio vejo que era direccionado a mim e que dizia que a mochila que tinha sido esquecida lá se encontrava num hotel na esquina a seguir. Vôo para o hotel, onde o simpático recepcionista me devolve a mochila. Agradeço imenso e saio ao mesmo tempo que confirmo que está tudo lá e que não tocaram em nada. Respiro fundo de alívio...

Pequeno almoço tomado, faço e checkout e pergunto se têm algum local onde possa tomar um banho antes de ir para o aeroporto. Ainda queria dar um passeio e visitar um templo e com aquele calor extremo e húmido iria passar o dia a transpirar. Dizem-me que sim, que têm uma pequena casa de banho com chuveiro na entrada e que a posso utilizar...

O discreto Wat Sensoukaran, apensar de não ser dos mais importantes de Luang Prabang é, ao meu ver, um dos mais bonitos e como tal decido dedicar-lhe algum do tempo deste meu último dia. Possui vários edifícios em muito bom estado de conservação e todos eles muito bem trabalhados e decorados. 

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Tenho ainda algum tempo para sentir a cidade de uma forma mais descontraída e descomprometida e dou mais um passeio com algumas paragens para ver e absorver esta fantástica cidade e as suas rotinas.

Findo o passeio, regresso ao hotel para poder recolher a bagagem e ainda tomar um banho antes de ir para o aeroporto. Tiro as roupas que preciso e vou para a casa de banho que a senhora do hotel gentilmente me indicou. Ao entrar reparo que não tem luz. Experimento os vários interruptores e nada. Procuro outros que possam estar escondidos e nada... Venho cá fora e falo-lhe do problema, e ela imediatamente me pede desculpa e diz que a luz está fundida e que se tinha esquecido. Procura numa das gavetas, tira uma lanterna e mete-a na casa de banho. Problema resolvido...

Já no transfer para o aeroporto providenciado pelo hotel o motorista pergunta-me: _ Iú fálai Vet Nám? _ Respondo que sim e lá vamos nós ainda com bastante antecedência para o aeroporto. Como não conheço bem o aeroporto, prefiro jogar pelo seguro.

O aeroporto de Luang Prabang é bastante pequeno e de fácil acesso a partir da cidade, que por não ser muito grande não tem quaisquer complicações de trânsito. Chego cedo e vou para o balcão do checkin, que está vazio. Entrego a bagagem e vou para o controlo de segurança que também não tem quase ninguém. Em poucos minutos estou dentro do terminal à espera do meu vôo, das 19h55, que deve saír daí a quase 3h. É então que reparo nos monitores e descubro que nesse dia vão apenas saír 2 vôos, e não admira que o aeroporto esteja tão vazio.

Eram cerca de 18h45 quando fazem mais um anúncio pelos altifanlantes do aeroporto. Dado faltar ainda algum tempo e estar tão embrenhado na minha leitura não tomei a devida atenção ao aviso. 10 minutos depois, um novo aviso, mas desta vez ouço o meu nome. Percebo que estavam a chamar por mim... Corro para a porta e já tinham embarcado toda a gente e estavam à minha espera. Indicam-me o caminha pela pista até ao meu avião, da Vietnam Airlines que estava parado relativamente perto. Um avião pequeno, com duas hélices e cuja tripulação me aguarda cá fora. Entro e reparo que mesmo pequeno, está bastante vazio e no total devemos ser uns 11 passageiros. O piloto liga o motor da direita, depois o da esquerda, e às 19h05 partimos... 50 minutos antes da hora prevista. 

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