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15 avril 2009

China 2 - Macau

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Apenas a 65Km a Oeste de Hong Kong fica a ex-colónia Portuguesa Macau, o primeiro enclave europeu em território Asiático.

A forma mais fácil de viajar entre estas duas cidades é através do velocíssimo Ferry que demora cerca de 1h a fazer todo o trajecto e que parte com intervalos bastante regulares, que chegam a ser de apenas 10 minutos nas horas de maior tráfego.

Manhã de Domingo de Páscoa, acordo cedo, pego na mochila e lá vou eu de encontro ao Macau Ferry Terminal na zona costeira de Honk Kong entre Central e Sheung Wan. Pouco mais de uma hora depois atracava em Macau.

Coincidência ou não (pois tudo tem a sua razão de ser), quando estava no aeroporto de Phnom Penh à espera do vôo para HK soou-me algo ao ouvido que me fez disparar o alarme interno da minha percepção. Isto é português! Ao direccionar o olhar para a origem de tão familiares palavras descubro que vêm de uma senhora que caminhava com a sua filha... Já não vou a tempo de dizer algo, pois caminhava para a fila do embarque. Já dentro do avião falei com este simpático casal, que eram mesmo portugueses e que vivem há uns anos em Macau, para onde se dirigiam após umas férias no Camboja. Já em Hong Kong foram companheiros de viajem até ao centro da cidade, trajecto esse que muito gentilmente aproveitaram para me fornecerem muitas e importantes dicas sobre Macau.

Uma das informações que os meus compatriotas me passaram foi que os Chinenses tanto de Macau como de HK não são muito simpácticos. Referiram também que a grande maioria dos taxistas em Macau não falam senão chinês, sendo apenas uma minoria os que falam inglês. Preparado para tal, ao entrar no taxi tentei ser o mais claro possível quanto ao meu destino, e em inglês pronunciei "Senate Square", o Largo do Leal Senado e o ponto de referência da cidade. O taxista arranca e lá diz qualquer coisa que eu entendi como: _ "Uót?" _ Repito a direcção ao que ele responde de forma agreste e nada gentil: _ "AH! SÉNÁDÓ!!!" _ Sim, isso...

O Largo do Leal Senado é uma pequena praça rodeada de bonitos edifícios coloniais e onde se localiza o antigo Senado, ou edifício do governo regional. A praça, toda ela de aparência tipicamente portuguesa, possui alguns dos mais bonitos edifícios da cidade e é toda ela pavimentada com calçada bem ao nosso estilo.

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Ao fundo do largo, caminhando em direcção a norte, fica a Igreja de S. Domingos, com as suas características portas e janelas verdes.

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Subindo uma das laterais do largo, a travessa de São Domingos, encontramos o Largo da Sé e a Catedral de Macau.

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Descendo agora a travessa da Sé, e seguindo pela movimentada rua de São Domingos chegamos ao Consulado de Portugal, um grande e imponente edifício na esquina com a Calçada do Monte.

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A Calçada do Monte é uma pequena artéria de fazer lembrar muitas das íngremes ruas de Lisboa.

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No cimo da calçada fica a Fortaleza de São Paulo do Monte, uma fortificação construída entre 1617 e 1626 com o objectivo de proteger a cidade dos sucessivos ataques dos Holandeses.

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É nesta fortaleza que está instalada a placa com que é inciada esta crónica.

Graças à sua previligiada localização, o forte dispõe de uma ampla e desafogada vista sobre a quase totalidade da cidade.

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A fortaleza alberga também o muito interessante Museu de Macau, que possui temas desde a génese de Macau, as artes populares de tradições até à Macau contemporânea. O museu já me havia sido recomendado e é de facto bastante interessante e um dos pontos obrigatórios.

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Uma escadaria na lateral do forte leva-nos até aquele que é o principal símbolo de Macau, as ruínas da Igreja de São Paulo. Actualmente apenas resta a fachada desta igreja do séc. XVII também conhecida em Cantonês como Tai Sam Ba.

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Descendo a Calçada de S. Paulo somos presenteados com uma infinidade de lojas de souvenirs e várias pastelarias com doces típicos de Macau e um destaque especial para os nossos pastéis de nata.

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Através da Rua Central temos acesso a mais alguns pontos de grande interesse, como a Igreja de S. Agostinho e o Teatro Dom Pedro V.

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A continuação da rua entra directamente na Rua de São Lourenço, onde fica localizada a igreja com o mesmo nome.

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Não muito longe fica o Largo do Lilau, um pequeno e romântico largo que possui um bonito e tradicional quiosque e uma fonte, que segundo diz a tradição, quem beber da sua água vai voltar um dia a Macau. Não é que não queira voltar, mas prezo muito a minha saúde...

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Mesmo ao lado a Calçada do Lilau, uma pequena ruela de aspecto tipicamente português, e um pouco mais abaixo o edifício da Polícia Marítima que resultou do restauro de uns antigos pavilhões do séc. XIX.

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Deixando a tradicional Macau parti também à descoberta da área mais recente e moderna. O crescimento de Macau tem sido impressionante, muito impulsionado pelo jogo e pelos inúmeros casinos que a cidade possui.

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Entrando na área dos casinos, com ambos os Casinos Lisboa, o antigo e o novo, uma gigantesca e altíssima torre de gosto um tanto ou quanto duvidoso...

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A Avenida da Amizade é o o grande polo do jogo, onde se localizam a grande maioria dos casinos.

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Ao fundo, e na zona junto ao cais é possível observar a Ponte da Amizade, com destino à ilha de Taipa.

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E já que estamos na Las Vegas da Ásia...

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Outro dos ponto fortes de Macau é a sua cozinha, fortemente impulsionada pela presença portuguesa. Existe também um grande número de restaurantes portugueses espalhados um pouco por toda a cidade.

Coincidência dentro da coincidência foi o facto de o casal de portugueses que encontrei me ter recomendado um restaurante português de um rapaz de Alcobaça?! Disparou o segundo alarme... Alcobaça? Bom, então tenho mesmo de lá ir... Um conterrâneo! Assim sendo, e à hora de almoço lá me dirigi eu ao restaurante Ou Mun Café na Travessa de São Domingos mesmo junto ao Senado. Nada melhor para o meu almoço do dia de Páscoa que uma Perna de Cabrito no Forno, bem saborosa e que serviu para matar saudades da cozinha portuguesa. Recomendo! No final lá conheci o Alcobacense/Beneditense Fernando Marques que se encontra em Macau à cerca de 10 anos a gerir este simpático café restaurante.

Ao contrário de Hong Kong, não trazia quaisquer espectativas em relação a Macau. Tinha alguma curiosidade pelos motivos históricos mas não fazia qualquer ideia de como seria a cidade. Talvez por isso que a surpresa tenha sido maior. Macau surpreendeu-me muito pela positiva! É uma cidade bastante interessante, com uma componente histórica significativa, pelo menos comparando com as outras cidades da região, e que exerce um fascínio especial por ter tanto de Portugal num continente tão lingínquo e no seio de uma cultura tão diferente. As ruas em calçada, os edifícios coloniais, os fortes, faróis e principalmente o facto de tudo estar escrito em Português e Cantonês fazem com que seja um lugar muito especial para qualquer português.

Foi-me também feita uma grande revelação nesta cidade que poderá pôr em estado de choque toda a comunidade Cristã e que vai certamente levar a grandes guerras e discussões no interior da igreja.
Tive de vir para o oriente para que me fosse feita esta revelação!
Algo que será difícil de assumir... Algo que levará à histeria milhões de fiéis... Algo que poderá mudar o mundo!!!

A revelação?! Foi-me revelado que... Jesus Cristo é Chinês!!!

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