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21 mars 2009

Camboja 7 - Siem Reap / Aldeia Flutuante

Aproveitando a "boleia" para Siem Reap de dois colegas portugueses que vieram ao Camboja para uma pequena missão, e que pretendiam visitar os templos de Angkor, decidi regressar à segunda cidade do Camboja desta vez não para uma visita aos templos mas sim para conhecer a "Floating Village" ou Aldeia Flutuante.

Mais uma jornada de 6 horas de autocarro até Siem Reap, a grande urbe do noroeste do país, para depois apanhar uma motoreta que me levaria até às imediações do Tonlé Sap, que em Cambojano quer dizer "o grande rio". De motoreta foram mais uns 30 minutos até ao Camboja profundo. Aqui tudo é diferente de Phnom Penh ou mesmo do centro de Siem Reap. As casas são pequenos abrigos em madeira e elevadas para evitar a monção. As crianças brincam nuas na rua e usam pequenas garrafas plasticas espalmadas como carrinhos que puxam com um pequeno cordel. Também na rua as mulheres cozinham e preparam as refeições em pequenas fogueiras alimentadas pelos galhos que colhem nos pequenos bosques das imediações. Os maridos dedicam-se à pesca ou ao cultivo de arroz nos vastos e verdejantes campos que se estendem para lá das modestas habitações que ladeiam a estrada.

Aqui não há electricidade, esgotos e água canalizada. Não há certos bens considerados de primeira necessidade pela nossa cultura ocidental mas há, ainda assim algo fundamental. A felicidade e os sorrisos na cara das pessoas!

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O entrar na aldeia é acompanhado de um cheiro fétido resultante dos despejos feitos nos pequenos charcos que ainda restam da época das chuvas e dos lixos que se acumulam um pouco por todo o lado. Mais à frente outro cheiro toma conta desta poeirenta atmosfera, um cheiro que me é familiar e que indica que cheguei ao destino. Cheira à antiga Lota da Nazaré, cheira a peixe, pois é aqui que são feitas as descargas dos pescadores e é tratado o produto da pesca.

É também neste local que é feito o acesso ao lago Tonlé Sap através de um canal de água bem barrenta que resulta da agitação provocada pelas dezenas de barcos que aqui passam.

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Apanho o meu barco, cujo bilhete já havia comprado durante o caminho num pequeno posto criado para o efeito e lá vou eu...

No canal, são já muitas as edificações flutuantes  que preenchem as suas margens e alguns os pescadores que se aventuram na procura de algum pescado.

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Percorrido o canal, entramos finalmente no Tonlé Sap, o grande lago e avistamos ao fundo a tão desejada aldeia flutuante.

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Trata-se de uma aldeia construída por emigrantes Vietnamitas e constituída por pequenas habitações flutuantes na margem norte do lago Tonlé Sap. A aldeia é bastante completa e possui supermercados, restaurantes e escolas, tudo sob plataformas flutuantes. Nada melhor do que uma fotografia aérea da aldeia para se conseguir ter uma melhor noção, como esta que retirei da famosa ferramenta Google Earth.

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O lago Tonlé Sap é um dos maiores ecosistemas do mundo, dado tratar-se do maior lago de água doce da Ásia e possuir a maior concentração de peixe conhecida. Estas fantásticas características garantiram-lhe o estatuto de Biosfera da Unesco em 1997. Cerca de 75% do peixe pescado no Camboja provém deste lago cujo nível varia cerca de 8m entre a estação seca e a estação das chuvas.

Não é portanto de admirar quais as razões que levaram tantos emigrantes a fixarem-se nestas águas.

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Aqui as ruas, os passeios e os jardins são as águas barrentas do lago. Toda e qualquer necessidade de locomoção depende du uso de pequenas embarcações. Os animais são também criados em pequenas "jaulas" flutuantes.

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Outra actividade existente nesta aldeia é a da criação de crocodilos, em jaulas que mantêm submersas. Dos crocodilos aproveitam a carne, também servida nos restaurantes da aldeia, e a pele, muito utilizada em calçado e acessórios como malas e carteiras.

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Eu pessoalmente não me admiro que com alguma falta de cuidado, algo perfeitamente normal nestas bandas, de vez em quando deixem fugir um destes bichinhos para o lago...

Em algumas das casas flutuantes é possível assistir ao trabalho dos pescadores a remendarem as redes.

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Finda a visita, é tempo de voltar a Siem Reap. A motoreta lá estava à minha espera e em 30 poeirentos minutos lá estava eu no coração da cidade, que ainda poderia visitar com alguma calma.

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Em termos de atracções turísticas não há muito que se possa visitar em Siem Reap. A cidade vive essecialmente dos Templos de Angkor e é um dormitório para os milhares de turistas que visitam os templos. Para além de uma fantástica vida nocturna e do interessante mercado Psar Chaa, onde se pode encontrar de tudo um pouco a bons preços, com especial incidência nas sedas e souvenirs, os visitantes não têm muito mais por onde escolher.

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A meio do segundo dia, é hora de voltar à rodoviária de Siem Reap, desta vez de Tuk-Tuk.

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Tempo ainda para fotografar a estação de autocarros local.

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E mais 6 horas de viagem até Phnom Penh...

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Commentaires
J
Olá Mário! É sempre com muito prazer e interesse que leio estas suas crónicas de viagem pelo mundo fora. Continuação de boas aventuras por terras do Oriente! Um abraço de amizade do José Alberto Vasco
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