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22 juillet 2008

India 1 – Kolkata ( Calcutá )

Tudo começou em Berlim, numa festa de aniversário e numa interessante conversa com uma senhora conhecedora dos mais exóticos destinos. A Índia sempre foi para mim um desejo e um objectivo quase que enigmático. Senti sempre um chamamento vindo deste país asiático, uma força interior que sempre trouxe à tona estranhas emoções e sentimentos algo misteriosos. No entanto, sempre existiu algum receio e algum medo do que poderia encontrar. Os relatos que ouvi sempre foram muito contraditórios, desde o país miserável e chocante até ao encantador e esplendoroso.

A conversa foi animada e conseguiu que perdesse os medos e receios e que ficasse convencido das verdadeiras maravilhas deste país. Sabia que havia um projecto interessante lá e na segunda-feira seguinte comecei logo a estabelecer contactos. Resultado, após o final do projecto na Alemanha, uma pequena pausa em Portugal e o embarque para Calcutá…

Calcutá, com os seus mais de 17 milhões de habitantes é a segunda cidade da Índia em termos de população, mas talvez a primeira em sujidade, mau cheiro, desorganização, barulho e confusão. No entanto não deixa de ser especial, de ter encanto e uma vivência muito própria. As pessoas são únicas, humildes, prestáveis e de uma bondade incrível. Uma lição de vida que nos faz duvidar afinal de quem é que não está bem…

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A cidade é electrizante! Um rodopio de pessoas, carros, riquechós, motas, autocarros e tudo o que possamos imaginar que se possa movimentar. Como dizia um colega, para onde quer que olhemos, algo está a acontecer. Neste espaço apertado, cada cm2 está aproveitado. Nos passeios amontoam-se pequenas barraquinhas que vendem tudo, desde frutas e legumes, a roupas e ferramentas. Prestam-se também os mais variados serviços, nestas banquinhas nos passeios podem-se ver barbearias, engraxadores e até pessoas a engomar roupa. Em maior número estão as que vendem comida, muitas delas tipo restaurante com mesas e cadeiras. Falando em restaurantes, a comida é fantástica. É difícil não encontrar algo que se goste, e muito!

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Falar de Calcutá é também falar do seu trânsito caótico. Aliás, pior que isso… Nunca vi nada assim nem sequer que chegasse perto. Em Calcutá não há regras de trânsito e é o “salve-se quem puder”. Não há faixas de rodagem, há espaços livres que os carros vão preenchendo. Normalmente numa rua que daria para duas faixas de rodagem, chegam a estar 4 carros lado a lado espaçados de apenas alguns centímetros. Aqui não há sentidos únicos, há apenas sentidos preferenciais. Nas ruas supostamente de sentido único é frequente verem-se veículos a circular em contra-mão. Nas avenidas com separador central, se por acaso num dos sentidos está muito trânsito, é normal usar-se o outro para se lhe escapar… Não se usam também os espelhos. Ou estão recolhidos ou são simplesmente removidos, dadas as curtas distâncias a que conduzem uns os outros. Em sua substituição, e numa tentativa de evitar os choques, usa-se e abusa-se da buzina. Aliás, creio que a buzina é usada mais vezes que o acelerador. O trânsito é ensurdecedor, com milhares de buzinas em simultâneo numa espécie de sinfonia esquizofrénica… Nos primeiros tempos é preciso muito auto-controlo…

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A principal atracção desta cidade é o Victoria Memorial, um palácio construído em mármore branco em homenagem à Rainha Victoria. Trata-se de um edifício majestoso rodeado de bonitos e tranquilos jardins.

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Mais a norte encontramos o Bairro Colonial com alguns dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Destaque para o Writers Building, o Main Post Office em plena praça BBD Bagh.

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Interessante também a Dharbanga Statue e os edifícios da Old Town Hall e do High Court.

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Perto do Bairro Colonial, na zona ribeirinha fica Babu Ghat, um dos principais interfaces fluviais da cidade e onde atracam os barcos de transporte de passageiros que cruzam dezenas de vezes ao dia o rio Houghly. É um local de algum encanto, pela sua calma, a proximidade da água e a tranquilidade. Apetece ficar ali algum tempo a apreciar aquele quotidiano ribeirinho muito diferente da confusão e ruído sentidos algumas centenas de metros mais atrás.

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De Babu Ghat obtém-se também uma vista esplêndida sobre a ponte Howrah, talvez o principal ícone da cidade de Calcutá. Não sei porque razão, mas as fotografias a esta importante ponte suspensa estão proibidas. Mais uma daquelas regras indianas que ninguém percebe, nem mesmo eles…

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No geral, Calcutá não é uma cidade com uma grande oferta em termos turísticos. É uma cidade que vale no entanto pelo que se sente, a agitação das ruas, os cheiros e um modo organizacional muito próprio. O trânsito, o comércio, as ruas, a vida, tudo tem uma maneira muito particular de ser, muito especial, muito própria. É a cidade das sensações, dos estímulos, e que faz jus ao conhecido slogan publicitário que encontramos em alguns canais de televisão internacionais: “Índia, Incredible Índia!”

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Commentaires
I
Olha o Zé!!!!!<br /> <br /> :D
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